Os Estados Unidos, maior produtor de soja do mundo, pode começar a importar o grão a partir do primeiro semestre de 2017. De acordo com a Bradalizze Consulting, a demanda aquecida pela oleaginosa é o principal motivo da cena inusitada. A consultoria estima que o consumo chinês fique em torno de 100 milhões de toneladas.
O analista de mercado Vlamir Brandalizze projeta que, se as exportações de soja americana continuarem no ritmo em que estão, o país precisará comprar o grão de outros players para suprir sua demanda. “No relatório da semana passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos informou que o país exportou 46,9 milhões de toneladas, um número recorde para esta época do ano, já que em 2015 as vendas neste período foram de 36,9 milhões de toneladas. Ainda faltam vários meses para o ano comercial encerrar, lá para agosto, e, mesmo assim, os números estão ficando apertados, pois eles necessitam de menos de 10 milhões de toneladas para fechar as expectativas para a safra toda”, afirma.
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Brandalizze estima que, mesmo com os preços em queda no fim de ano, a soja na Bolsa de Chicago deve voltar ao patamar de US$10/bushel puxada pela demanda. “Mesmo estando em um ano de safra recorde, os americanos estão vendendo muito mais do que previam, e esse é um fundamento importante para olharmos”, diz.
