O excesso de chuvas durante a colheita do café arábica no Brasil prejudicou a qualidade do grão e está estimulando a alta dos preços no mercado internacional e no mercado físico. Durante entrevista para a segunda edição do Mercado & Companhia desta segunda feira, dia 11, o diretor da Pharos Consultoria, Haroldo Bonfá, disse que a demanda da indústria pelo produto com maior qualidade está aquecida e a saca pode chegar ao patamar de R$ 600.
Por não atender os requisitos exigidos, os cafeicultores estão com dificuldades na hora de embarcar o produto e não conseguem honrar com os contratos fechados. Com o mercado aflito em busca do grão, a tendência é de alta no curto-prazo, afirma Bonfá. Com a pressão altista, muitos produtores estão segurando o café à espera de preços ainda maiores, que devem ser consolidados nos próximos dias.
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Bonfá acredita que a cotação do contrato de setembro na bolsa de Nova York deve romper o patamar de US$ 1,50 por libra-peso e seguir crescendo com as especulações de safra menor no Brasil. Em relação ao clima, ele não diz se preocupar, pelo menos nos próximos 20 dias.
Ele aconselha o cafeicultor a vender o necessário, mas segurar o resto porque a expectativa é positiva.
