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Mercado e Cia

Combustíveis: ‘Isenção de PIS/Cofins terá impacto pequeno no preço’

Especialista afirma que o governo precisa pensar em políticas públicas que minimizem a influência do mercado internacional sobre as cotações no Brasil

O governo federal publicou nesta quarta-feira, 2, o decreto que zera as alíquotas de PIS/Cofins sobre o óleo diesel e o gás de cozinha. Para o combustível, a decisão vale durante os meses de março e abril. Já para o gás, a medida é permanente.

O sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, afirma que a medida reduzirá pouco o valor praticado na bomba, já que esses dois impostos representam apenas 8% do preço que chega ao consumidor, enquanto os tributos estaduais somam outros 14%.

Segundo Pires, o governo precisa pensar numa medida definitiva para o diesel, porque o petróleo tem uma volatilidade muito grande e deve continuar subindo no mercado externo. “Sem contar o câmbio. Quando deprecia muito o real, você acaba provocando maiores elevações no preço do diesel”, diz.

Cabo de guerra com a Petrobras

De um lado o governo anuncia a isenção de impostos federais, do outro a estatal anunciou novos reajustes sobre os preços dos combustíveis na refinaria – o quinto aumento só em 2021. A gasolina subiu 4,8% e o diesel, 5%. No ano, a gasolina acumula alta de 41,6% e o diesel, de 34%.

Pires afirma que o governo precisa encontrar uma solução que concilie os interesses dos acionistas com as necessidades do país, evitando que a volatilidade internacional seja transferida para o diesel e para o gás de cozinha, que têm grandes impactos sociais e econômicos. “Tem que ter política pública nisso, mas não pode voltar a interferir na Petrobras”, afirma.

De acordo com o sócio-diretor do CBIE, o momento é bom para o etanol, já que a gasolina mais cara torna o biocombustível mais competitivo.

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