Commodities têm forte queda em Chicago

Contratos são afetados pela decisão da China de desvalorizar a moeda ante o dólar

Fonte: Divulgação/Pixabay

Os contratos futuros de commodities agrícolas registram forte queda nesta terça, dia 11, puxados principalmente pela decisão do banco central da China (PBoC, na sigla em inglês) de forçar uma desvalorização de 1,9% do iuane em relação ao dólar.

Por volta das 12h, o contrato do milho para setembro recuava 12,25 cents, enquanto a soja para o mesmo mês baixa 22,75 cents.

A queda no valor do iuane preocupa os investidores por tornar as importações mais caras, o que poderia levar a um menor consumo de produtos agrícolas. O país asiático é o maior comprador de soja brasileira.

Ao contrário de muitos países, o câmbio na China é fortemente controlado pelo PBoC, através do estabelecimento de limites para a flutuação da moeda. Nos últimos anos, as autoridades chinesas permitiram variações maiores da divisa, no processo de liberalização da economia.

A decisão está sendo vista pelos investidores como uma forma do governo chinês de lidar com a desaceleração da economia, que embora seja de interesse do país, está prejudicando a economia. A desvalorização iuane permitirá que os produtos chineses fiquem mais competitivos no mundo, aumentando as exportações.

Os últimos dados demonstram que a economia da China está perdendo força. As exportações recuaram 8,3% em julho, na comparação com o mesmo período do ano passado, após aumentar 2,8% em junho.

A expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) da China feche 2015 com crescimento de 7%, dentro das expectativas do governo, mas no menor patamar dos últimos 20 anos.

Outros fatores que estão pressionando os contratos são a realização de lucros pelo investidores, aproveitando que a soja valorizou 32 cents e o milho expandiu 17 cents, e notícias sobre o clima nos Estados Unidos, que vieram melhor que o esperado.