A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é uma estatal. Logo, um de seus fins principais é cooperar com o bom andamento de políticas públicas desenvolvidas pelo governo federal. Diante disso, a entidade cogita conceder ou até vender armazéns e imóveis parados à iniciativa privada.
“Não é em todos os lugares que há interesse do setor privado em construir e manter armazéns, e isso precisa ser feito por estruturas do governo. Agora, com o Tesouro Nacional tendo dificuldades, a Conab vem buscando formas de diminuir o ônus”, conta Stelito Assis, superintendente de armazenagem da empresa.
Segundo ele, serão concedidos ou vendidos os armazéns e imóveis que deixaram de ter serventia ao interesse público entre 2019 e 2020, mas que podem muito bem ser úteis a empresas. “Falando em capacidade estática de armazenamento, ficaria entre 200 e 500 mil toneladas”, comenta
- Conab estuda parceria com empresas para gestão de armazéns públicos
- Soja: Brasil pode fechar 2021 com recorde na exportação e estoque um pouco maior
Com o dinheiro arrecadado, a Conab poderá investir nos armazéns ativos para torná-los mais eficientes e melhorar o serviço oferecido aos produtores rurais brasileiros. “Tem também diversos outros imóveis (terrenos, prédios e galpões) que a Conab tem e que não atendem mais às necessidades da empresa, pensando no seu papel público”, diz.
Questionado sobre os estoques públicos de soja, Assis diz que a Conab não acredita que vá faltar soja, apesar de ser um quadro bastante apertado.