O ano começou com termômetros beirando 41 °C em parte do Rio Grande do Sul e agravando ainda mais a situação da falta de chuva no estado. A máxima registrada neste domingo (2), foi de 40,9 °C em Uruguaiana, no oeste do estado. O Paraná está em situação de emergência por conta da escassez de chuva com prejuízos que passam dos R$ 16,8 bilhões em diversas culturas. A chuva até voltou ao estado, mas com distribuição muito irregular. Enquanto isso, Sudeste, Matopiba e Goiás seguem com volumes muito elevados de chuva. Algumas áreas de Minas Gerais tiveram acumulados de 250 milímetros.
Nesta terça-feira (4), as áreas de instabilidade continuam ativas em grande parte do país, com alto risco de temporais no Pará, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Piauí, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo Na região Sul, a chegada de uma frente fria aumenta a instabilidade e provoca temporais no Rio Grande do Sul, no oeste de Santa Catarina e no sul do Paraná, o que deve amenizar também as altas temperaturas que colaboram para o aumento do estresse hídrico do solo.
A partir de quarta-feira (5), o avanço de uma frente fria aumenta os temporais no Sul e Sudeste. Além disso, a circulação dos ventos em vários níveis da atmosfera continua estimulando a formação de nuvens muito carregadas no centro-norte do Brasil. Em algumas lavouras do Sul, o acumulado pode chegar a 30 milímetros, mas para muitos produtores o volume ainda não representa o necessário.
“Janeiro vai ser melhor do que dezembro em relação à quantidade de chuva no Sul, mas em diversos lugares a média climatológica não será alcançada e não há condições para reverter o déficit hídrico”, afirma Desirée Brandt, meteorologista do Agroclima.