As exportações de carnes brasileiras registram crescimento com o avanço da Peste Suína Africana na Ásia. Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indicam que em maio, os embarques de suínos foram 41% superiores na comparação com o mesmo período do ano passado e as exportações de frango cresceram 14,4%.
No entanto, relatório divulgado na última quinta-feira, dia 13, pelo Rabobank, maior banco de agronegócio do mundo, mostram que o consumo de carne suína na China caiu de 10% a 15% no acumulado do ano. Enquanto o rebanho de suínos caiu 22% no ano até abril, segundo dados recentes do Ministério da Agricultura e assuntos rurais da China.
Lygia pimentel, diretora da Agrifatto, analisa o cenário e afirma que o produtor brasileiro que passa por um bom momento não deve se preocupar com a queda no consumo da carne no país asiático. “Na verdade não, os chineses estão deixam de consumir a carne por conta do aumento nos abates, o que causa uma elevação nos preços do país. A inflação de alimentos já começou a mostrar os efeitos disso, então nós temos a maior inflação de alimentos registrada dos últimos três meses desde 2009, causando efeitos no poder de compra dos chineses. Mas isso não significa que vão parar de consumir, claro, o consumo será menor porque o preço está mais alto mas isso tende a aumentar a necessidade de embarques de fora para dentro do país”, afirma a analista.