Contas públicas e inflação podem ser um grande entrave para o crescimento do Brasil em 2021. Segundo relatório produzido pelo Tesouro Nacional, a depressão econômica provocada pela pandemia do coronavírus mudou o patamar de endividamento não só neste ano, mas também em médio e longo prazo.
Segundo análise de Miguel Daoud, é preciso um cuidado redobrado com as contas públicas. “Quando o presidente diz que o Brasil está quebrado , ele falou em relação às nossas contas. Mas o estado nunca quebra, pois tem algo que é uma máquina de emitir dinheiro. No entanto, o Brasil está engessado, com um teto de gastos. Estabeleceram isso como a salvação do Brasil e, quando o país tenta mudar esse teto, o mercado entra em Pânico”, disse.
O comentarista diz que o Brasil está “engessado” e sem margem de manobra para colocar as contas públicas em dia. “Será que o Brasil vai adquirir credibilidade para que o investidor venha para cá? Será que com a eleição de Biden o Brasil pode ser penalizado? Será que vai emitir mais dinheiro para tentar reverter a situação? Temos muita instabilidade nas contas públicas em decorrência de fatores externos que não estão no nosso controle. Outras são nossa responsabilidade sim, já que o governo está com uma agenda diferente de uma agenda econômica e se o Congresso não se voltar para isso, teremos problemas no futuro”, finalizou.