Contratos da soja caem mais de 2% em Chicago

No Brasil, o mercado segue com indefinições em torno dos fretes e com dificuldade para a formação de preços

Fonte: Pixabay

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços acentuadamente mais baixos. Uma série de fatores baixistas colocou julho, o contrato mais negociado, no pior patamar desde 11 de janeiro.

As negociações entre Estados Unidos e China não avançam. E os reflexos começam a ser sentidos com mais força na exportação americana, que vêm apresentando resultado muitos fracos. Para completar a desvalorização do real torno o produto brasileiro bem mais atrativo, reforçando o sentimento de desaquecimento da demanda pela oleaginosa norte-americana.

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2017/18, com início em 1 de setembro, ficaram em 164.800 toneladas na semana encerrada em 31 de maio. O número ficou 40% abaixo da semana anterior e 5% inferior à média das últimas quatro semanas.

Para a temporada 2018/19, foram mais 34.700 toneladas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Brasil

Segundo a Radar Investimentos, praticamente não há compradores para a soja no mercado à vista para junho. Já os produtores rurais preferem aguardar, pois o câmbio pode proporcionar condições de preços mais atrativos.

Com o dólar atingindo níveis próximos de R$ 4, os vendedores de grãos aproveitaram o bom momento para aumentar suas pedidas de preços e as negociações da soja ganham volume.

No geral, houve poucos volumes negociados, à exceção do Paraná e Rio Grande do Sul que tiveram mais negociações.