Por volta das 11h40min, a moeda norte-americana recuava 1,10% ante o real, cotada a R$ 2,5771 para compra e R$ 2,5778 para venda.
– O movimento que estamos vendo é de continuidade do fluxo de capital especulativo, pois o Brasil está atrativo devido à rentabilidade maior. Os investidores estão aproveitando essa janela de oportunidade – afirmou o gerente de câmbio da Correparti Corretora, João Paulo de Garcia Corrêa.
Ontem, o Copom elevou a Selic em 0,50 ponto percentual (pp), para 12,25% ao ano, em decisão unânime e amplamente esperada pelo mercado, e sinalizou nova alta no curto prazo, embora tenha deixado em aberto o ritmo que poderá imprimir. Foi a terceira alta consecutiva da taxa de juros, que agora se encontra no patamar mais alto desde o fim de agosto de 2011.
Segundo Corrêa, o comunicado do Comitê veio sem nenhuma pista sobre os próximos passos do BC, o que em sua interpretação significa que o andamento da economia ditará as próximas medidas monetárias.
O mercado também está aguardando o desfecho da reunião do comitê do Banco Central Europeu (BCE). Há expectativa de que o grupo aprove um programa de compra de ativos soberanos de 50 bilhões de euros (cerca de US$ 58 bilhões) por mês.
Diante de um cenário de juros altos no Brasil e excesso de liquidez no exterior, o gerente de câmbio da Correparti Corretora acredita na possibilidade de o dólar atingir R$ 2,50 nesse começo do ano.
– Depois a tendência é de dólar em patamares maiores – afirma Corrêa.
Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam em alta, apoiados nas expectativas em relação ao BCE, mas aguardando os dados sobre os estoques nos Estados Unidos.
Em Londres, os contratos do Brent para março subiram 1,53%, a US$ 49,78 o barril. O WTI para o mesmo mês, negociado em Nova York, ainda não estava sendo cotado, pois o mercado ainda não abriu.