Enquanto aguarda para saber qual será o tamanho do corte no orçamento para 2021, o agronegócio busca novas formas de garantir recursos para o crédito rural. Na avaliação do comentarista Alexandre Garcia, os volumes previstos serão insuficientes para o produtor financiar a safra.
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“Dos R$ 236 bilhões previstos dentro do Plano Safra, apenas R$ 179 bilhões são para custeio. Mas, essa operação precisa, no mínimo, três vezes esse valor. Temos que pensar em alternativas, diz Garcia.
Segundo ele, o Congresso já se mobiliza para tentar recompor o corte de R$ 1,3 bilhão previsto para o Pronaf. “Acredito que haverá uma mobilização por meio de um projeto de lei do Congresso para recompor essa verba. Além disso, com o Fiagro também podemos buscar mais recursos, emitindo cotas para arrecadar investimentos”, destaca.
Alexandre Garcia ainda ressalta o papel do Banco Central em meio à escassez de recursos oficiais para o setor produtivo. O comentarista diz que o BC tem consciência da escassez de crédito no país, e por isso está criando linhas com limite de recursos maiores e taxas de juros reduzidas para projetos que assumam um compromisso com a sustentabilidade.