Propor novos tributos sobre a agricultura e a pecuária é seguir por um “caminho errado”, avalia o comentarista Miguel Daoud, do Canal Rural. De acordo com o analista, o surgimento de projetos como a “taxa do agro” de Goiás não trará pontos positivos — nem para os produtores rurais e muito menos para a sociedade em geral.
Ao participar do telejornal ‘Mercado & Companhia’ desta quinta-feira (24), Daoud observou que propostas nesse sentido tendem a afetar demais o bolso dos produtores rurais, mesmo que a porcentagem da nova tributação fique na faixa de 1,65%, como é no caso de Goiás. “Você acaba tirando boa parte da renda”, destacou o comentarista ao conversar com a jornalista e apresentadora Pryscilla Paiva.
Daoud, no entanto, destacou que ideias como essas ocorrem diante do fato de os governos estaduais estarem sem dinheiro em caixa. Segundo ele, há recursos somente para a manutenção da própria máquina pública. Dessa forma, reformas tributárias tendem a ser propostas nos âmbitos estaduais e até mesmo em nível federal.
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Mirar a área de agropecuária somente não faz sentido, pontua o comentarista. “Eles [políticos] pensam: ‘o agro está ganhando dinheiro, então vamos tributar. Mas o agronegócio é o único setor da nossa economia que encontra saída para o crescimento do Brasil, a saída para se melhorar as condições de vida do brasileiro.”
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