A crise financeira que o Brasil enfrenta está repercutindo nas contas de todos, empresas e profissionais. De acordo com a pesquisa mensal Indicadores Sebrae-SP, divulgada nesta segunda, dia 20, as micro e pequenas empresas (MPEs) do estado de São Paulo registraram queda de 10,2% no faturamento em maio ante o mesmo mês do ano passado.
Para o economista Roberto Troster, que participou da primeira edição do programa Mercado & Cia de hoje, o Brasil vive um momento de crise, sim, com crescimento baixo e inflação alta. Entretanto, ele ressalta que os números da inflação para este ano são ruins, mas para 2016 são melhores e é possível alcançar a meta ou, pelo menos, chegar perto dela.
– É importante ver a média – direciona Troster.
Segundo o economista, o segundo semestre deve ser melhor para o setor agro, mas não para os demais setores da economia, como serviços e indústria. Para ele, há três tipos de Brasil: o do interior, que anda para a frente, o das cidades, que anda para trás e o das indústrias, que anda ainda mais para trás.
Emprego
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Sobre o aumento de empregos do setor agro em junho, o único que teve geração de vagas, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Troster lembrou que o agronegócio desempregou antes dos outros setores, devido aos processos de mecanização que vêm acontecendo há três, quatros anos.
– O agro teve aumento de produtividade primeiro – pontua.
Segundo o diretor do Núcleo de Agronegócios da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), José Luiz Tejon Megido, a crise faz parte da história humana.
Ele disse, em entrevista ao Mercado & Cia, que são nos momentos de crise que as pessoas inovam e buscam novas tecnologias.
– Para os trabalhadores engajados, estudiosos e que lutam não existe problemas. Há uma disputa planetária por recursos humanos, por funcionários de qualidade e engajamento – destaca.
