A paralisação dos caminhoneiros, convocada por lideranças autônomas do setor, acontece nesta segunda-feira, 1º, em pontos isolados. O movimento não ganhou apoio de outras entidades representantes da categoria.
Uma das reinvindicações dos caminhoneiros é o preço do diesel. O valor do combustível subiu 2,4% de dezembro para janeiro. Já na comparação com o mesmo período do ano passado teve uma queda de 2,48% no preço, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, os caminhoneiros precisam negociar melhoria do frete junto as empresas. “Greve neste momento é inoportuna independente da reinvindicação por conta do cenário atual. Os caminhoneiros precisam estar unidos não em torno de paralisar o país, mas em busca de um mecanismo para que eles possam negociar o frete com as empresas, uma nova forma para que eles não sejam tão prejudicados como estão sendo agora”, diz Daoud.
O comentarista ainda fala sobre a importância de uma manutenção no preço do frete praticado. “Mesmo que o governo abaixe a tributação do diesel, não vai resolver, porque o problema está no mecanismo de negociação do frete. A frota existente é muito antiga e possui muito gasto, com manutenção, pneu, óleo, etc. Vivemos um momento em que há uma oferta maior que uma demanda, e isso acaba provocando uma insatisfação nos caminhoneiros”, diz.