A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que libera a produção de vacinas contra a Covid-19 no Brasil por laboratórios veterinários. O texto, que tinha sido aprovado em abril no Senado recebeu alterações e agora retorna à casa para nova avaliação e depois seguir para sanção presidencial.
Agora que o Brasil ganhou mais estados livres de febre aftosa sem vacinação, os laboratórios que faziam estas vacinas vão ter oportunidade para se adaptar à produção de imunizantes contra a Covid-19.
Para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, esse projeto de lei irá aumentar a capacidade de produção de vacinas e garantir ao Brasil uma posição consolidada no mercado de imunização. “Essa ideia do projeto de lei do senador é muito boa, porque se sabe que hoje, a indústria farmacêutica veterinária no Brasil consegue produzir um potencial 320 milhões de vacinas de febre aftosa por ano e 120 milhões de vacinas voltadas para raiva animal”, pontua.
“Os laboratórios que fazem a vacina da febre aftosa diminuíram a demanda do mercado interno, devido as zonas livre de aftosa. Portanto, nos temos um leque muito grande de se aproveitar essa estrutura para a produção da vacina contra a Covid-19”, diz.
Para Daoud, ainda existe a possibilidade de uma vacinação anual, aumentando a necessidade de produção do imunizante. “Profissionais da área de saúde afirma que essa vacinação precisa ocorrer todo ano. Basta que a Anvisa aprove esses laboratórios que estão praticamente prontos para produzir e possuem um potencial muito grande”, conclui.