As divergências entre o presidente da república, Jair Bolsonaro, e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, parece não ter mais fim. As polêmicas quanto às posturas diferentes entre os dois, em relação às medidas adotadas para combater a Covid-19, estão estampadas por toda a imprensa.
Para Miguel Daoud, comentarista do Canal Rural, essa exposição jamais poderia ter acontecido. A ʽbrigaʼ em público só atrapalha a dinâmica necessária para enfrentar os problemas do Brasil.
“Eu também sou favorável pela saída do Mandetta, por uma razão muito simples: hoje você liga o rádio, liga a televisão e só se ouve falar nessa situação do ministro Mandetta. O que não podia acontecer, foi exatamente o que aconteceu. Esse desentendimento público entre presidente e ministro não pode acontecer, independentemente, se o Mandetta tem razão ou não. Esse ambiente não dá mais para levar adiante”.
“Quem conhece um pouco o presidente sabe que se a coisa for bem conversada, bem explicada e bem entendida, não tem problema algum. O problema é que o Mandetta, virava e mexia, ele desafiava o presidente em público. A sociologia diz o seguinte: todo líder que tem um subordinado que começa a aparecer, acaba criando problema”, acrescentou.
Um dos nomes mais cotados para substituir o cargo é o médico oncologista Nelson Teich, que tem um encontro marcado nesta quinta, 16, com o presidente no Palácio do Planalto.
“O Nelson, que possivelmente assuma, vai estar alinhado. Ele está alinhado com muitas pessoas do governo, está ligado com Paulo Guedes. Ele tem condição de entrar num acordo. Eu acredito também que o presidente Bolsonaro vai entender a posição correta técnica da OMS. O que não dava era ficar os dois brigando em público e a pandemia rolando solta. Eu acho que tem que sair mesmo, tem que trocar hoje, não pode esperar para amanhã não”, finalizou Daoud.