A mistura de biodiesel ao diesel subiu de 12% para 13% na segunda-feira, 1º. Porém, em meio à alta dos combustíveis, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) defende a redução desse percentual.
“Se essa redução for na ordem de 50% ou mais, haverá alívio imediato sobre o preço do combustível, pressionado pela cotação internacional do petróleo e pela desvalorização do real em face ao dólar. Essa medida já foi adotada em outras ocasiões”, diz a entidade, em nota técnica.
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Segundo a CNT, a porcentagem de mistura do biodiesel ao diesel no Brasil difere dos padrões internacionais. “No Japão, por exemplo, o biodiesel representa apenas 5% do insumo. Na comunidade europeia, a taxa é de 7%. No Canadá, adota-se de 2% a 4% na mistura”, pontua.
“Essa reivindicação destrói um setor que já vem sangrando há muito tempo na produção de energia renovável e substituição de energia fóssil que é o caminho do mundo nesse momento. Então todo o investimento que foi feito, tudo o que foi desenvolvido para chegarmos aqui de repente se vai. Não é assim. O Banco Central está gastando para conter o câmbio e agora será que a Petrobras não pode discutir um pouco esse aumento? Biodiesel tem questão jurídica, pessoas que investiram lá não vão perder lucro desta forma. Então essa proposta da CNT não tem sentido, os argumentos são frágeis, não cabem neste momento acatar essa proposta”, explica o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud.
