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Mercado e Cia

Daoud: Sem mudanças no orçamento, o Renda Brasil não será mantido

Em declaração sobre a reforma tributária, Bolsonaro e Paulo Guedes afirmaram estarem em busca de recursos, respeitando o lei do teto de gastos

O presidente da República, Jair Bolsonaro e o Ministro da Economia, Paulo Guedes, falaram a respeito da reforma tributária nesta segunda-feira, 28. Segundo Guedes, a proposta está praticamente pronta e adereça pontos sensíveis como a desoneração da folha de pagamentos, desigualdade de renda e o programa Renda Cidadã.

A respeito do programa e da reforma tributária, o presidente afirmou que tudo está sendo feito com responsabilidade.

“Estamos buscando recursos, respeitando a lei do teto de gastos e com responsabilidade fiscal. Queremos demonstrar à sociedade e aos investidores que o Brasil é uma nação confiável”, afirma Bolsonaro.

O ministro ainda disse que a reforma visa amparar 40 milhões de brasileiros invisíveis que estão desamparados e está no mercado de trabalho de forma informal. “Esperamos que eles consigam ser absorvidos por empresas daqui para frente, barateando o custo do trabalho e o custo na criação de empregos. O Brasil é um país que precisa criar emprego em massa, porque tem um problema de desemprego em massa, então do ponto de vista político, continuamos estudando esse capítulo na reforma tributária, o resto já está praticamente encaminhado”, diz.

Miguel Daoud, comentarista do Canal Rural, vê o governo brasileiro com dificuldades na manutenção do Renda Brasil sem o aumento de impostos e a desoneração da folha acarretará em um grande acumulado de pessoas em busca de empregos. Segundo ele, será impossível manter este auxílio sem mexer no teto de gastos, porque a economia do país não irá reagir e acomodar estes milhões de brasileiros desempregados e invisíveis.

“Isso resultará na volta da inflação no atacado, podendo ter uma alta de juros em segmentos da agricultura e aumento de custos significativos. A taxa de desemprego deve chegar a 18 milhões de trabalhadores desempregados no fim do ano, além dos invisíveis”, finaliza Daoud.

 

 

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