Algodão

Demanda vai seguir sustentando preços do algodão, aponta Rabobank

A analista sênior da institução, Marcela Marini, diz que os preços da fibra devem continuar sustentados mesmo com aumento de área

Depois de enfrentar queda na oferta neste ano, causada pela competição pela área plantada acirrada com outras culturas e irregularidades climáticas, a produção de algodão deve aumentar na safra 21/22. É o que aponta o relatório de perspectivas do Rabobank.

A analista sênior de grãos e oleaginosas do Rabobank, Marcela Marini, o mercado do algodão atingiu patamares recordes em 2021, graças a uma combinação de fatores. “A demanda por algodão cresceu 17%, ao mesmo tempo em que a oferta caiu 8%”, explicou. 

Além disso, o petróleo, matéria-prima utilizado na confecção da fibra sintética aumentou 50% ao longo do ano, impulsionando ainda mais a demanda pelo algodão. 

Para 2022, o banco holandês prevê o crescimento na área de algodão nos Estados Unidos, Paquistão e Brasil, três dos principais produtores. “A área vai aumentar, mas deve continuar abaixo dos recordes registrados em 2019”, disse Marini.

Para o ano que vem, o banco prevê que a demanda vai continuar aquecida, mas não no mesmo patamar de 2021. “O aumento projetado é de 3% no consumo, o que ainda deve dar suporte para as cotações”, disse.