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Dependência da China pode impactar suinocultura brasileira, afirma consultor

Principal cliente do Brasil, a China tem reduzido os volumes de importação de carne suína, o que pode impactar o setor em 2022

A queda nos custos de produção e o cenário semelhante das cotações do animal vivo pressionaram os preços de venda da carne suína brasileira nos últimos meses de 2021.

Segundo relatório do Itaú BBA, os preços do animal vem oscilando no último ano em cerca de R$ 7 por quilo.

Segundo o consultor de agronegócio do Itaú BBA, César de Castro, a produção de suínos deve continuar crescendo em 2022. “Em 2021, nós tivemos um cenário de altas e baixas. No ano passado inteiro tivemos essa dinâmica, sem muita força para sustentar uma alta. Apesar da produção, que cresceu, e do excelente resultado das exportações, as margens dos produtores ficaram apertadas”, explica.

Para que isso não se repita, Castro diz que em 2022, além do mercado externo, será preciso uma boa fluidez no mercado doméstico para que os preços melhores para os produtores. “Os custos de produção não devem cair no, especialmente depois dos problemas na safra na região Sul”, diz.

Sobre a China, principal destino da carne suína brasileira exportada, o consultor diz houve uma redução no volume de compras da proteína nos últimos meses no gigante asiático, especialmente com a retomada da produção interna naquele país. “O Brasil exportou bem até pouco tempo. Alguns analistas apostam que a China vai reduzir as importações, outros acreditam que nem tanto. Estamos totalmente dependentes. Com uma boa diversificação, a exportação pode continuar crescendo, mas nenhum dos países têm a capacidade de suprir uma possível falta do mercado chinês. Nos preocupa o mercado de exportação”, afirma.