O papel fechou o dia em US$ 9,02, queda de 4,50 cents, ou 0,50% em relação à ontem, dia 27. Desde o começo do ano, o contrato da soja para novembro acumula queda de 10,29%, sendo que em 12 meses ele recuou 25,33%.
– É uma marca psicológica importante para o mercado. O mercado já vinha tendo como alvo esses U$ 9 há um tempo – afirmou o analista de mercado da AGR Brasil e comentarista do Canal Rural, Pedro Dejneka, em entrevista ao programa “Mercado e Companhia”.
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Segundo ele, essa queda é reflexo do clima favorável nos Estados Unidos, que beneficia as lavouras e pressiona os preços para baixo, além de rumores de que não haverá greve nos portos da Argentina.
Além destas questões, Dejneka afirma que a demanda mundial do grão não está conseguindo acompanhar o grande volume dos estoques globais, já que a safra brasileira deve ser recorde e a americana e argentina estão em boas condições.
Para ele, caso ocorram altas de 10 a 20 centavos nos preços dos contratos de soja, os produtores devem aproveitar para travar vendas de curto e médio prazo.
– Nós acreditamos que tem espaço para maiores baixas, mas tudo no seu tempo, e isso apenas mostra que o produtor precisa estar muito atento a toda e qualquer tentativa de rebote, para aproveitar e fazer a sua trava necessária – afirmou.