A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou com preços acentuadamente mais altos. O mercado foi impulsionado pelos números apresentados há pouco no relatório de oferta e demanda de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Para a safra 2018/19, o USDA previu que os Estados Unidos deverão colher 14,040 bilhões de bushels, mesmo volume indicado em maio, mas abaixo dos 14,072 bilhões de bushels previstos pelo mercado. Os estoques finais de passagem foram estimados em 1,577 bilhão de bushels, ante os 1,642 bilhão de bushels esperados pelo mercado e abaixo dos 1,682 bilhão de bushels indicados no mês passado. Para a temporada 2017/18, os estoques finais de passagem foram estimados em 2,102 bilhões de bushels, aquém dos 2,182 bilhões de bushels indicados em maio e abaixo também dos 2,163 bilhões de bushels previstos pelo mercado.
A safra global 2018/19 foi estimada em 1.052,42 milhão de toneladas, abaixo das 1.056,07 milhão de toneladas previstas em maio. Os estoques finais da safra mundial 2018/19 foram projetados em 154,69 milhões de toneladas, aquém das 159,15 milhões de toneladas apontadas no mês passado e acima das 153,7 milhões de toneladas previstas pelo mercado. Os estoques finais da safra mundial 2017/18 foram projetados em 192,69 milhões de toneladas, aquém das 194,85 milhões de toneladas indicadas no mês passado e abaixo das 193,4 milhões de toneladas previstas pelo mercado.
A estimativa de safra brasileira foi reduzida de 87 milhões de toneladas para 85 milhões de toneladas, enquanto o mercado estimava um corte para 84 milhões de toneladas. A produção da Argentina deve atingir 33 milhões de toneladas, sem alterações frente ao mês passado, mas acima das 32,4 milhões de toneladas esperadas pelo mercado.
Brasil
O mercado brasileiro de milho registrou preços de estáveis a mais baixos nesta terça-feira. No mercado disponível, a oferta de milho tem apresentado bom nível, enquanto os principais consumidores estão retraídos. As questões envolvendo o frete ainda dificultam as negociações entre estados.
Ainda há muitos questionamentos em torno do tabelamento. As questões cambiais ainda são determinantes nas próximas semanas, e a volatilidade deve marcar todo o segundo semestre, comenta o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.