O dólar abriu em queda acentuada ante o real, sendo negociado abaixo do patamar de R$ 3,80, em meio às perdas da moeda norte-americana no exterior e respeitando o novo leilão de linha de US$ 3 bilhões do Banco Central, que testa o verdadeiro apetite do mercado. Às 9h40min, o dólar comercial caía 1,89%, cotado a R$ 3,7860 para a venda, enquanto o contrato futuro para outubro cedia 1,81%, a R$ 3,8145.
No exterior, “o dólar perde força ante as principais divisas, com exceção do euro e do iene”, observa, em relatório, o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, acrescentando ainda que “entre as commodities, o petróleo reverte parcialmente as perdas anteriores. No mesmo sentido, as principais agrícolas e as metálicas industriais são cotadas em alta”.
Para o analista de câmbio da Correparti Corretora, Jefferson Luiz Rugik, o dólar abriu em queda acompanhando o movimento externo e também diante dos dois leilões de venda de dólar com compromisso de recompra, que o BC realiza à tarde.
– Entretanto, a tendência da moeda norte-americana no curto prazo não muda e continua sendo de alta – diz. Segundo ele, mais uma vez a China serve de parâmetro para os negócios do dia.
Rugik destaca ainda que o principal evento desta semana no Brasil será na quinta, dia 10, quando será divulgada a ata da última reunião do Copom. No mesmo dia, é válido lembrar, sai o resultado de agosto da inflação oficial no país, medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
– No cenário internacional teremos pouca divulgação de indicadores nesta semana – emenda.
Projeção de taxa de câmbio ao final de 2015 sobe a R$ 3,60
Os economistas ouvidos pelo Banco Central para o Boletim Focus elevaram a previsão para a cotação do dólar ao final de 2015, de R$ 3,50 para R$ 3,60. A taxa média para o período também subiu, de R$ 3,23 para R$ 3,29.
A perspectiva para a cotação da moeda norte-americana ao final de 2016 subiu, passando de R$ 3,60 para R$ 3,70. Já a estimativa para a taxa média de câmbio no ano que vem avançou de R$ 3,56 para R$ 3,65, na sexta alta seguida.