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Dólar encerra o dia em queda

Declarações da presidente Dilma e do ministro Barbosa acalmam mercadoO dólar comercial fechou o pregão desta quarta, dia 27, em baixa, depois de avançar mais de 1% e chegar próximo a R$ 3,18, após declarações da presidente Dilma Rousseff e de membros de sua equipe apoiando o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e as medidas de ajustes fiscais. 

Fonte: Agência Brasil/Divulgação

A moeda norte-americana fechou o dia com queda 0,15%, cotada a R$ 3,1440 para compra e R$ 3,1452 para venda.

O câmbio iniciou com forte alta, apoiado nos rumores de intrigas entre Levy e outros membros da equipe econômica do governo, mesmo após o Senado aprovar ontem, dia 26, a Medida Provisória (MP) 665, que restringe o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro-defeso. A medida faz parte do programa de ajuste fiscal encabeçado pelo ministro da Fazenda.

• Veja também: Dólar sobe mais de 1%

 O dólar chegou a tocar R$ 3,1857 às 12h09, mas passou a recuar depois da presidente Dilma dizer que o ajuste fiscal é um programa do governo, não apenas do ministro Levy. A declaração, feita no México, foi uma resposta ao senador Lindbergh Farias (PT), que defendeu que a presidente dê mais espaço ao ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, por ele ser supostamente menos favorável ao ajuste.

Outro fator de baixa foi a declaração de Barbosa em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO), da Câmara dos Deputados, defendendo o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e afirmando que o corte de R$ 25,7 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) neste ano foi uma escolha “inevitável” em relação aos programas prioritários do governo federal. Ele também disse ser contra indexar o reajuste dos salários de servidores públicos à inflação.

– Existia uma preocupação com os ruídos, especialmente da possibilidade do Levy continuar a frente do seu posto e da continuidade do ajuste. Com o discurso da presidente na hora do almoço, seguido pelo Barbosa, as coisas se acalmaram – disse o economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank, Flávio Serrano. 

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