Na semana, dólar registrou queda de 0,54%. Além do fator externo, os indicadores de atividade mais fracos também favoreceram a depreciação do real ante o dólar. O impasse nas negociações da Grécia com os credores voltou a trazer aversão ao risco aos mercados emergentes, levando o dólar comercial a encerrar com alta acima de 1%.
– O risco da Grécia trouxe esse peso para a moeda hoje. O principal fator para a alta foi externo – diz Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos.
Segundo Jefferson Luiz Rugik, diretor de câmbio da Correparti Corretora, os indicadores de inflação, emprego e projeção de crescimento do PIB também pressionaram o dólar para cima.
– O dólar ganhou força, reagindo a vários dados ruins sobre a nossa economia que mostram um cenário de inflação alta, desemprego e estagnação. Para piorar o quadro, ‘boatos’ de que o governo estaria se articulando para um corte na meta do superávit primário das contas públicas também fez preço – Rugik, em relatório.
Bovespa
O Ibovespa encerrou em queda de 0,90%, a 53.749,42 pontos, pressionado pela aversão ao risco do investidor com a situação financeira ainda sem solução na Grécia, indicadores no Brasil mostrando piora na situação econômica e após a prisão de executivos envolvidos nas investigações da Operação Lava Jato.
Para segunda, dia 22, embora dados de atividade na agenda de indicadores norte-americanos possam movimentar o mercado, os analistas ouvidos pela Agência CMA apostam que notícias do dia, como os desdobramentos com a situação da Grécia e da Operação Lava Jato, chamarão mais a atenção.