Após abrir a sessão desta terça, dia 22, acima da máxima histórica de R$ 4,00, o dólar seguiu sendo negociado no maior nível desde a criação do Plano Real, em 1994. A tensão com o ambiente político no Brasil e a direção da moeda norte-americana no exterior conduziram o movimento. A moeda fechou o pregão a R$ 4,05 – alta de 1,83%. No ano, a valorização frente ao real já chega a 52%.
Na máxima do dia, a moeda foi até R$ 4,0620, renovando a marca histórica e superando a cotação de R$ 4,005, apurada na sessão de 10 de outubro de 2002. Naquele dia, o dólar fechou cotado a R$ 3,99 – recorde de fechamento, até então.
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Para a equipe de analistas da Gradual Investimentos, o dólar opera em alta frente às principais moedas emergentes, mas soma-se a essa aversão ao risco global as tensões políticas internas. Porém, não trouxe alívio nem mesmo a decisão do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, de adiar, por tempo indeterminado, a votação em sessão conjunta dos vetos presidenciais (esperada para a noite de hoje).
Nem mesmo as declarações da Moody’s de que não há previsão para revisar o rating brasileiro em 2015 não serviram para ajudar os juros futuros. Para um operador de renda fixa, mesmo a Moody’s “pegando um pouco mais leve com o Brasil, o ambiente é de descrença generalizada”. Os juros futuros tiveram mais uma sessão de intensa abertura das taxas dos DIs, diante da preocupação com o rumo do ajuste fiscal.
