Este é o maior patamar de fechamento desde 19 de agosto de 2004. Segiundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de R$ 2,3 bilhões.
A elevação da moeda reflete a desconfiança do investidor com relação à capacidade do governo de implantar as medidas de ajuste fiscal. Na noite desta terça, dia 3, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) surpreendeu o Executivo ao rejeitar a Medida Provisória 669, que trata das desonerações tributárias, dificultando o ajuste das contas públicas brasileiras. O argumento foi o de que ela não cumpria preceitos constitucionais.
O analista de mercado Étore Baroni afirma que o câmbio vai favorecer os negócios no mercado de soja. Porém, o mercado de café e açúcar serão impactados de forma negativa.
A reunião de representantes da Standard & Poor’s (S&P) com membros da equipe econômica brasileira aumenta a preocupação no mercado.
– O dólar sobe com a dificuldade de se implantar as medidas de ajuste fiscal. A força do dólar é justificada pela questão política – diz o sócio da DNAinvest, Leonardo Ramos.
Bolsa de Valores
O Ibovespa encerrou a quarta-feira em baixa de 1,63%, a 50.468 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 6,5 bilhões.
O principal índice da Bovespa fechou no vermelho influenciado pela deterioração do ambiente político, com investidores temerosos sobre potenciais dificuldades para o ajuste nas contas públicas do país.
A queda nos pregões em Wall Street reforçou a pressão vendedora na bolsa paulista, em sessão também influenciada pela valorização do dólar.