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Dólar fecha com queda superior a 1%

Ajustes fiscais do governo e dados da China pressionaram a moeda norte-americanaO dólar encerrou o dia com queda superior a 1%, puxado para baixo pela repercussão das medidas de ajustes fiscais anunciadas ontem, dia 19, pelo governo e os bons dados vindos da China.

A moeda norte-americana encerrou o pregão desta terça, dia 20, com recuo de 1,54%, cotado a R$ 2,6130 para compra e R$ 2,6150 para venda.

A queda do dólar levou a um recuo nos preços pagos pela soja nos principais portos do país. No porto de Rio Grande (RS), a cotação caiu de R$ 62,70 a saca, registrada ontem, para R$ 62,50, segundo dados da Safras e Mercado.  Em Paranaguá (PR), a cotação retraiu de R$ 61,00 para R$ 60,80 a saca.

No mercado de commodities, os contratos futuros do café para março, negociados na bolsa de Nova York, recuaram mais de 600 pontos por conta das previsões de chuvas no Sudeste para próximos dias, que podem melhorar a qualidade dos grãos da safra 2015 e, consequentemente, a oferta.  

Ajustes

Os novos ajustes fiscais estão dando credibilidade à equipe econômica, segundo a avaliação do mercado, reduzindo o risco do Brasil em termos de investimentos. Ontem, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou o retorno das Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) e a alteração da cobrança do Programa de Integração Social (PIS) sobre os combustíveis. 

As medidas fazem parte de um pacote de ajustes fiscais que inclui o estabelecimento da alíquota sobre operações de crédito, que passou de 1,5% para 3%, a equiparação do efeito de incidência do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) no setor de cosmético entre atacadistas e setor industrial, e o reajuste do PIS/Cofins sobre a importação, que foi de 9,25% para 11,75%. Deste último excluiu-se da base de cálculo do imposto o ICMS (imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação) que incide sobre importação.

Segundo Levy, as medidas de ajustes estão sendo tomadas aos poucos para gerar “o menor sacrifício possível”. A estimativa é arrecadar R$ 20 bilhões ainda este ano, afirmou.

China

A Agência Nacional de Estatísticas da China informou nessa madrugada que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 7,4% em 2014, abaixo da meta de 7,5% do governo e no ritmo mais lento em 24 anos. Apesar da desaceleração, o crescimento veio acima do esperado pelo mercado, diminuindo as preocupações de desaceleração súbita da economia.

Os dados chineses, combinados com as expectativas do mercado de que o Banco Central Europeu (BCE) aprovará na quinta, dia 22, medidas de estímulo monetário para combater a deflação e a fraca atividade na zona do euro, ofuscaram o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) que revisa para baixo as perspectivas de crescimento do mundo em 2015 e 2016.

O Fundo piorou seu cenário para a economia global, prevendo expansão de 3,5% e 3,7% em 2015 e 2016, respectivamente. Em ambos os casos, as contas foram reduzidas em 0,3 ponto percentual.

Petróleo

As cotações dos contratos futuros do petróleo registraram quedas nessa terça, após ficarem mistos na primeira parte do dia, após a apresentação de dados sobre a produção de petróleo no Iraque, que subiu para níveis recordes, junto com as perspectivas ruins do FMI para a economia global.

Em Londres, o Brent para março fechou o dia com queda de 1,41%, a US$ 48,15 o barril. Na bolsa de Nova York, onde o pregão ainda está acontecendo, o WTI para fevereiro baixava 4,91%, a US$ 46,30 o barril.

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