O dólar comercial fechou a quinta, dia 27, com recuo de mais de 1% diante da expectativa de que o banco central dos Estados Unidos, o FED, adiará o aumento da taxa de juros, junto com declarações de que o rating do Brasil – nota que mede a capacidade de um país de honrar seus compromissos – não será rebaixado.
A moeda norte-americana terminou o dia com queda de 1,35%, cotado a R$ 3,5521 para compra e R$ 3,5528 para venda. Esta foi a segunda retração seguida da taxa de câmbio.
Ontem, dia 26, um dos integrantes do comitê que decide o rumo da política monetária dos Estados Unidos disse que um aumento da taxa de juros em setembro, como apostava o mercado, passou a ser “menos convincente” do que há algumas semanas, devido às turbulências vistas no mercado internacional.
A manutenção da taxa de juros nos patamares atuais – entre zero e 0,25% – fará com que os investidores aportem os dólares que possuem em ativos mais rentáveis. A perspectiva de mudança atrai recursos aos Estados Unidos, onde os investimentos são considerados mais seguros.
No Brasil, a declaração do vice-presidente da agência de classificação de riscos Moody’s de que o cenário previsto para 2015 e 2016 é consistente com o atual rating do país ajudou a trazer tranquilidade aos investidores, que buscaram ativos mais arriscados do que o dólar para comprar.
Outro fator doméstico visto como positivo foi a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de dar mais tempo ao governo federal para preparar sua defesa em relação às “pedaladas fiscais”.