O dólar fechou o dia na maior cotação do ano, a R$ 3,55, com alta de 1,62%. A moeda norte-americana foi influenciada pela intensa aversão ao risco nos mercados internacionais, após temores de que a economia global sofra uma forte desaceleração puxada pela China.
O principal índice da bolsa de Xangai teve queda de 8,49% pelos receios sobre a desaceleração, principalmente depois dos dados fracos sobre a indústria, divulgados na sexta, dia 21. O mercado esperava que o banco central chinês anunciasse novas medidas no final de semana, como forma de ajudar o sistema financeiro, mas como nenhum anúncio foi feito, as bolsas fecharam em queda e pulverizaram as perdas para outros pregões.
– Houve um aumento de aversão ao risco mundial, com a busca por proteção no dólar, em dia de quedas gigantes das bolsas, refletindo o risco chinês. Internamente, a possível saída do Michel Temer [vice-presidente da República] da articulação política também pesou – diz Paulo Petrassi, sócio-gestor da Leme Investimentos.