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Dólar: fundamento indica cotação perto de R$ 3

Economista explica que trajetória da moeda norte-americana para a safra de verão vai se definir após julgamento final de Dilma Rousseff

Fonte: Agência Brasil/Divulgação

O dólar renovou a mínima do ano no pregão de hoje, com a moeda cotada em R$ 3,129, queda de 0,40%, menor valor desde julho de 2015. Essas seguidas quedas vêm preocupando os agricultores, que temem um dólar muito abaixo do que eles encontram hoje para a formação dos custos de produção. Para o economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, existem dois cenários para o dólar, caso se confirme o afastamento definitivo de Dilma Rousseff.

O especialista explica que o mercado aguarda a efetivação de Michel Temer no posto de presidente da República para definir a trajetória do câmbio. Se após o impeachment, o governo tomar atitude voltada para o corte de gastos, ele estima um patamar em torno de R$ 3,00. Caso contrário, ele estima espaço para novas altas.

“Se for levado em conta o fundamento de oferta e demanda, o patamar é esse [de R$ 3,00]. O mercado está com muita paciência com a equipe econômica, mas a partir do momento que o Michel Temer deixar de ser interino, a cobrança vai ser outra. O mercado aguarda medidas de austeridade”, avalia Antônio da Luz.

Soja

Os preços da soja ficaram próximos da estabilidade nas principais praças do Brasil nesta quarta-feira, dia 10. O ritmo dos negócios segue muito lento, restrito a operações pontuais e sem volume relevante. Os produtores se retraíram e o mercado praticamente parou diante da queda do dólar e das cotações em Chicago.

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira em baixa após cinco sessões consecutivas de alta. Os operadores aproveitaram a ausência de novidades e realizaram lucros.

As atenções de voltam para o relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na sexta, 13hs. O mercado aposta em elevação nas estimativas de produtividade e produção dos Estados Unidos, refletindo o bom desenvolvimento das lavouras americanas.

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Novembro/16: 9,82 (-6,50 centavos)
Janeiro/17: 9,82 (-4,75 centavos)
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 75,00
Cascavel (PR): 74,50
Rondonópolis (MT): 74,00
Dourados (MS): 73,00
Porto de Paranaguá (PR): 80,50
Porto de Rio Grande (RS): 78,50

Milho

O mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de preços de estáveis. Os compradores permanecem ausentes, aguardando por nova queda na referência, para então assumir uma postura mais contundente nas negociações, aponta a consultoria Safras&Mercado.

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou as operações de hoje com preços mais altos. O cereal buscou suporte nos sinais de melhora na demanda para o cereal norte-americano. A fraqueza do dólar frente a outras moedas correntes também contribuiu com os ganhos.

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Setembro/16: 4,12 (+4,50 centavos)
Maio/17: 4,20 (+3,50 centavos)
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 53,00-55,00
Paraná: 42,00
Campinas (SP): 47,00
Mato Grosso: 34,00
Porto de Santos (SP): 44,00
Porto de Paranaguá (PR): 35,00

Café

O mercado físico brasileiro de café teve uma quarta-feira de preços fracos, com comercialização travada. A queda do arábica na Bolsa de Nova York pressionou as cotações no mercado nacional. O conilon esteve melhor sustentado, já que Londres no robusta teve fechamento estável.

Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Setembro/16: 138,65 (-2,45 pontos)
Março/17: 145,55 (-2,45 pontos)
Café conilon (robusta) em Londres (US$ por tonelada)
Setembro/16: 1818,00 (-1,00 dólares)
Novembro/16: 1848,00 (=0,00 dólares)
Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 485-495
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 490-500
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 410-415
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 425-430

Bovespa

A bolsa de valores do Brasil fechou o dia em baixa de 1,33%, aos 56.919.

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