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Mercado e Cia

Dólar: 'Indefinição sobre auxílio emergencial e política fiscal gera instabilidade'

Camila Abdelmalack, economista-chefe da Vedha Investimentos explica como o mercado financeiro deve reagir no curto prazo

A indefinição do governo federal quanto ao auxílio emergencial e a condição do orçamento público preocupam o mercado financeiro, causando instabilidade no dólar.  De acordo com a economista-chefe da Vedha Investimentos, Camila Abdelmalack, existe um prêmio de risco no câmbio, sustentando o patamar mais alto.

“O dólar atingiu nesta sexta-feira, 12, a máxima de R$ 5,41, mas já havia desvalorizado nos últimos quatro dias. Essa instabilidade é justificada por conta do prêmio alto em relação ao risco na taxa de câmbio. E isso em função do orçamento público, que está gerando estresse e incertezas no mercado sobre um possível furo no teto de gastos do país”, afirma.

Camila ressalta que o auxílio emergencial não é um problema em si, mas a dificuldade de encaixá-lo em um orçamento público extremamente rígido. Ela menciona uma série de reformas que tentam mexer nessa questão, mas que não saíram, como a PEC Emergencial e o Pacto Federativo.

No segundo semestre, movimento de desvalorização do dólar no mercado global com o retorno das atividades econômicas. O Brasil não está acompanhando isso por conta da situação fiscal. “As moedas emergentes estão se recuperando e o Brasil novamente penalizado”, diz.

A economista acrescenta que no ambiente internacional o mercado financeiro está atento ao pacote de estímulo fiscal nos Estados Unidos e a relação comercial entre chineses e norte-americanos.

 

 

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