O dólar atingiu a cotação mais baixa em cinco meses, onde caiu ao patamar de R$ 5,08. De acordo com André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, diversos fatores ajudaram a puxar a moeda norte-americana para baixo.
“De um lado nós tivemos a entrada de capital estrangeiro muito forte, o que deve continuar em dezembro. Além disso, a perspectiva de que o Banco Central deve sim subir a taxa de juros reforça esse movimento. Para 2021, a expectativa é que o dólar gire em torno de R$ 5,10 a R$ 5,20”, explica.
“Isso porque temos um empate técnico. A Balança Comercial tende a ficar positiva, o clima tende a continuar bom, mas por outro lado a questão fiscal continua gerando preocupações e pode evitar que o Real se aprecie muito mais. Vale notar ainda que a moeda brasileira foi uma das que mais perdeu em 2020.”
Já para Jason Vieira, economista-chefe da Infinity, estímulos econômicos nos Estados Unidos, problemas na Europa e um ‘apetite renovado’ por prêmios de maiores riscos também contribuíram sobre a pressão no dólar.