Por volta das 10h, a moeda norte-americana avançava 1,05%, cotada a R$ 3,277 para compra e R$ 3,278 para venda.
– O clima doméstico não é bom, as incertezas estão bastante altas, mas hoje tem um certo movimento lá fora que também favorece o movimento interno – afirma o estrategista-chefe do banco Crédit Agricole, Vladimir Caramaschi.
Entre os indicadores econômicos domésticos divulgados hoje, a inflação medida pelo índice Geral de Preços-10 (IGP-10), da Fundação Getulio Vargas (FGV), acelerou para 0,83% em março, na comparação com fevereiro, puxado pelos preços no atacado (0,75%), com os ovos registrando valorização de 26,31%, seguido por soja em grão (4,29%) e milho em grão (3,24%). Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apurou que o setor de serviços cresceu 1,6% em janeiro, menor alta da série, iniciada em janeiro de 2012.
Está prevista a venda de 2 mil contratos de swap cambiais, equivalente à venda futura de dólar, pelo Banco Central (BC). A instituição também fará mais um leilão de rolagem de contratos marcados para vencer em 1 de abril.
Nos Estados Unidos, começa hoje a reunião do comitê de política monetária do banco central local, o Federal Reserve (FED). O encontro se estende até amanhã, quando serão divulgadas as decisões do colegiado. A expectativa do mercado é de que a autoridade monetária sinalize que a taxa de juros, atualmente entre zero e 0,25%, começará a ser elevada na metade do ano. A taxa não é elevada desde junho de 2006.
A expectativa de Caramaschi é que a cotação do dólar continue registrando valorização ao longo do dia.
– Sempre pode ocorrer algo ao longo do dia [que pode reverter a alta do dólar], mas ele deve seguir com força – diz.