A moeda norte-americana caiu 0,52%, a R$ 3,2141 na venda, acumulando baixa de 1,07% nas últimas três sessões.
Segundo Ovídio Soares, operador da Icap, a interpretação do mercado de que o aumento das taxas de juros não deva acontecer em breve trouxe alívio para o mercado e favoreceu a queda.
– O dólar passou a subir por conta da decisão do Fed. O mercado estava aguardando a divulgação e logo que saiu começou a interpretar os dados, derrubando o dólar – aponta Soares.
O Fed removeu de seu comunicado de política monetária o trecho em que dizia que seria “paciente” para normalizar a taxa básica de juros dos Estados Unidos. Em decisão unânime, a taxa de juros foi mantida entre zero e 0,25% ao ano.
A retirada do termo “paciente” era amplamente aguardada pelo mercado e é interpretada por muitos analistas como um sinal de que a primeira elevação dos juros acontecerá em junho.
No lugar deste trecho, o Fomc passou a dizer que “um aumento dos juros continua sendo improvável na reunião de abril” e que os juros serão elevados apenas quando houver uma melhora ainda maior do mercado de trabalho e quando o banco central estiver “razoavelmente confiante de que a inflação se moverá de volta para a meta de 2% no médio prazo”. Além disso, a decisão continuará dependente de dados econômicos.
O comunicado também deixa claro que a retirada do termo “paciente” não significa que o Fomc já tenha definido quando as taxas irão começar a subir.
Bovespa
A Bovespa subiu pelo terceiro dia consecutivo nesta quarta, dia 18, sob influência do comunicado de política monetária do banco central norte-americano.
O Ibovespa fechou em alta de 2,47%, a 51.526 pontos.