Por volta das 11h29, a moeda norte-americana recuava 2,03%, cotada a R$ 3,2286 para compra e R$ 3,2294 para venda.
– O câmbio está repetindo a volatilidade dos últimos dias. Ontem [dia 19], ele ameaçou recuar mas terminou o dia com alta de 2%. Não há nada específico mexendo com o dólar – explica o economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank, Flávio Serrano.
Ele afirma que a expectativa é de que o dólar recuasse após a reunião de quarta, dia 18, do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), mas o pregão de ontem demonstrou que o mercado cambial não está sendo guiado por fundamentos, mas na especulação e no estresse.
A situação, diz Serrano, fará o mercado testar a moeda, buscando novos pisos e tetos para a cotação.
– No curto prazo, considerando a falta de fundamentos economicos, o dólar deve apresentar volatilidade. O mercado está testando a força do dólar, com [a cotação] R$ 3,20 sendo um ponto importante a ser testado nas próximas semanas – afirma o economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank.
Dados
O único indicador economico divulgado nesta sexta no Brasil foi a prévia do índice oficial de inflação, que atingiu a maior taxa em 12 meses desde maio de 2005.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou leve desaceleração entre fevereiro e março, indo de 1,33% a 1,24%, mas acima dos 0,73% apurados no mesmo período de 2014. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice atingiu 7,9% e 3,5% em 2015.