Por volta das 12h, a moeda norte-americana recuava 0,50%, cotada a R$ 2,6229 para compra e R$ 2,6236 para venda. O dólar abriu em alta, atingindo R$ 2,64 logo no começo do pregão, com o mercado repercutindo a piora das perspectivas do Banco Mundial para o crescimento da economia global.
A entidade revisou para baixo a sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) internacional em 2015, de alta de 3,4% para 3%, citando expectativas econômicas decepcionantes para a zona do euro, Japão e Brasil, entre outras economias emergentes, que anularão o benefício de preços mais baixos do petróleo.
No entanto, a cotação virou e passou a recuar com a entrada de exportadores no mercado, que aproveitaram o momento para vender dólares, e a queda está sendo mantida até o momento por um aumento do fluxo internacional, explica o gerente de câmbio da Correpati Corretora, João Paulo de Gracia Corrêa.
– Alguns estrangeiros estão aproveitando o diferencial de taxa [de juros] e estão voltando ao Brasil. Lá fora o rendimento está mais baixo, enquanto no Brasil, apesar dos riscos, existem vantagens para aplicações – diz ele.
As falas de ontem da nova equipe econômica criaram uma sensação de segurança nos investidores, diz Corrêa. Na ocasião, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que trazer a dívida pública bruta para a faixa de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) é um objetivo positivo de longo prazo, mas antes disso o desafio é estabilizar o indicador. Ele afirmou ainda que qualquer ajuste em impostos será compatível com a meta do governo de aumentar o superávit primário, com “mínimo impacto à atividade econômica”.
O gerente de câmbio da Correpati ressalta que este fluxo é de capital especulativo e pode ser revertido a qualquer momento. Assim, a expectativa é de que o mercado de câmbio registre volatilidade ao longo dessa semana.
Petróleo
As cotações dos contratos futuros do petróleo registram mais um dia de queda, após atingirem o menor nível em seis anos ontem, depreciadas pelas projeções do Banco Mundial e pela expectativa de que os estoques dos Estados Unidos tenham aumentado na semana passada.
O WTI para fevereiro, negociado em Nova York, recua 1,18%, a US$ 45,35 o barril. Em Londres, o Brent para o mesmo mês retraiam 0,99%, a US$ 46,13 o barril.
O mercado prestará atenção na divulgação dos dados sobre os estoques de petróleo dos Estados Unidos da última semana pelo Departamento de Energia (DoE), às 13h30.