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Dólar sobe mais de 2%

Valorização interrompe quatro sessões seguidas de quedaO dólar encerrou o pregão desta segunda, dia 11, com alta superior a 2%, interrompendo quatro sessões seguidas de recuo, impulsionado pelo impasse entre a Grécia e seus credores, junto com o corte da taxa de juros na China e o cenário político no Brasil. 

Fonte: Canal Rural

A moeda norte-americana fechou com alta de 2,31%, cotada a R$ 3,0520 para compra e R$ 3,0525 para venda. Este foi o maior avanço diário desde 25 de março.

Dólar fecha em queda pelo quarto dia seguido

A situação levou a um aumento nos preços da soja nos canais exportadores. Segundo levantamento realizado pela Safras & Mercado, o preço pago à saca de 60 quilos em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, passou de R$ 64, registrados na sexta, dia 8, para R$ 65. No portos de Paranaguá, ela foi de R$ 66 para R$ 68, enquanto em Rondonópolis ela foi de R$ 58 para R$ 59.

Exterior

Os ministros das Finanças dos países da zona do euro se reuniram hoje para tratar da situação da Grécia, que sofre com a falta de liquidez e precisa que seus credores oficiais – o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Central Europeu (BCE) e os próprios países da zona do euro – liberem mais recursos.

No entanto, este grupo, apelidado de Troika, exige que a Grécia continue com as reformas e cortes de custos acertados com governos passados, algo que a atual administração não aceita.

Na China, o banco central (Pboc, na sigla em inglês) cortou, no domingo, em 0,25 ponto percentual (pp), a taxa de empréstimos e a taxa de depósitos do país, ambas para operações com vencimento de um ano.

Brasil

Em relação ao país, os investidores demonstraram preocupação sobre as possíveis consequências da declaração do doleiro Alberto Yousseff, que afirmou hoje que o Palácio do Planalto sabia do esquema de desvios de recursos de obras da Petrobras. A afirmação foi feita em depoimento à CPI que investiga possíveis ocorridos na estatal.

O dia foi fraco em termos de indicadores econômicos. O Banco Central divulgou, como de costume, o boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras sobre suas expectativas para os principais índices da economia.

Segundo ele, o mercado acredita que a taxa básica de juros (Selic) fechará 2015 em 13,50% ao ano – atualmente ela está em 13,25%. Para 2016, a projeção passou de 11,50% para 12%.

Mercado estima inflação em 8,26% e Selic em 13,50% no final de 2015

Com relação à inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o mercado elevou a expectativa de 8,25% para 8,26%. A estimativa de alta dos preços administrados, como o da gasolina e da energia, passou de 13,1% para 13,05%. O boletim Focus prevê ainda retração na atividade econômica do país. Os analistas aumentaram a projeção de queda do Produto Interno Bruto (soma dos bens e riquezas produzidos em um país) de -1,10% para -1,18%. A estimativa para o câmbio foi mantida em R$ 3,20.

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