No acumulado deste ano até a quinta-feira, 25, o dólar registrou alta de 6,26% frente ao real, cotado a R$ 5,514. Para o mês de março, três economistas consultados pelo Canal Rural veem uma taxa de câmbio ainda bastante elevada, principalmente por conta de fatores externos.
A economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, afirma que o risco político se elevou durante fevereiro, porque o mercado não conseguiu enxergar como o governo iria encaixar o auxílio emergencial nas contas públicas.
Já Fabrício Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, afirma que o agravamento da pandemia da Covid-19 e a troca no comando da Petrobras por escolher do presidente Jair Bolsonaro também fizeram o dólar subir frente ao real.
No mercado externo, tanto Velloni quanto Silvio Campos, economista da Tendências Consultoria, dizem que a alta da taxa de juros nos Estados Unidos também influenciou. Eles veem o dólar muito próximo do patamar atual, no mínimo a R$ 5,35.
Os três são unânimes: o dólar só vai baixar se o cenário interno melhorar, com o controle das contas públicas e avanço das privatizações.