Nos três primeiros meses de operação do Plano Safra 2021/2022, os produtores rurais, cooperativas e agroindústria contrataram R$ 97,75 bilhões para financiar a atividade agropecuária, florestal, aquícola e pesqueira. O valor representou incremento de 37% em relação ao mesmo período do ano anterior, distribuídos em mais de 668 mil contratos (+3%).
Os números estão no balanço do crédito rural divulgado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura (Mapa).
Segundo o comentarista do Canal Rural Benedito Rosa, existem R$ 13 bilhões no orçamento para subsidiar operações novas e para rolar as dívidas antigas ‘em ser’. “Esse volume de recursos não foi suficiente para safra anterior e, com o aumento dos custos de produção, o volume atual também não será suficiente”, diz.
Na avaliação de Benedito Rosa, é preciso injetar um pouco mais de recursos e também é preciso apertar as prioridades. “O que está acontecendo no mercado? O crédito rural subsidiado atende aproximadamente 30% da necessidade de custeio de uma safra anual no Brasil. O que aconteceu nos primeiros três meses? Houve uma demanda muito grande para o crédito para investimentos investimentos”.
De acordo com o comentarista, no fim do ano, já haverá necessidade de recursos. “É preciso aumentar o volume de crédito rural. O seguro impede que os produtores deixem a atividade quando têm frustrações graves; evita que os produtores peçam renegociação de dívidas. É um instrumento moderno, que precisa ser generalizado”.