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Mercado e Cia

Entenda possível impacto no Brasil com caso peste suína africana na Alemanha

Os alemães são o principais produtores de suínos da União Europeia e, para a ABPA, o Brasil tem capacidade de atender aumento da demanda externa sem prejudicar o mercado nacional

O Ministério da Nutrição, Agricultura e Defesa do Consumidor da Alemanha confirmou o registro de um caso de peste suína africana em Brandeburgo, no leste do país. Essa doença ganhou grande repercussão quando gerou expressivas perdas do rebanho chinês de suínos no ano passado. 

A Alemanha é o principal produtor de suínos da União Europeia e uma eventual diminuição da produção no país deve ter grandes impactos em outros mercados. No caso do milho, a notícia gerou reação positiva nos preços na bolsa de Chicago. O contrato para dezembro chegou ao maior valor em cerca de seis meses. Tendo isso em vista, o setor de proteína animal monitora atentamente a evolução do caso na Alemanha para acompanhar os preços da nutrição dos rebanhos.

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, informa que a Coreia do Sul já suspendeu preventivamente as importações do país europeu. Porém, ele lembra que a doença foi diagnosticada em um animal selvagem. “Não é ainda a produção industrial alemã que está tendo problema, como aconteceu com a China e outros países. É uma criação selvagem e agora teremos que ver quais serão as consequências disso”, afirma.

Santin acredita que o Brasil tem capacidade de atender ao aumento da demanda externa sem prejudicar o cenário doméstico. “O Brasil é o quarto maior exportador mundial (de carne suína). Nos primeiros oito meses do ano, as exportações aumentaram 44% em volume. Mas, não diminuíram as disponibilidades do mercado interno. Então, o Brasil tem condições sim, se for chamado, de aumentar um pouco mais a sua produção, sem prejudicar nosso mercado interno”, analisa.

Por fim, o presidente da ABPA destaca o exemplo brasileiro em sanidade. “O governo reforçou nossas fronteiras, os aeroportos e está trabalhando mais ainda para reforçar os trabalhos de prevenção. Acima de tudo, temos que cuidar para que nenhuma pessoa estranha ao rebanho tenha contato direto com os animais. Temos que minimizar os riscos. E temos condições de manter doença longe do nosso plantel”, conclui.

 

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