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Espírito Santo estima perdas de até 90% em lavouras de café em 2016 por causa da seca

Situação dos cafezais é agravada por restrição ao uso de água para irrigação, em razão de reservatórios pouco abastecidos

Produtores de café conilon do Espírito Santo estimam perdas de até 90% na colheita de 2016 em função da seca. A informação é do conselheiro administrativo da Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel), Michel Pinheiro Machado.

Segundo ele, a estimativa é que, se não voltar a chover em breve, os cinco mil associados da cooperativa terão média de 50% de perdas no ano que vem, mas alguns produtores já afirmam que nem irão colher. Machado, que está no município de Vila Valério, diz que a região só recebeu 70mm de chuva nos dois últimos meses. 

A situação dos cafeicultores é agravada pela restrição de uso de água para irrigação em alguns municípios capixabas, em razão de reservatórios vazios. “Mesmo que volte a chover, há lavouras comprometidas. Já tem gente prevendo quebra de pelo menos 15% também em 2017, porque as plantas não estão crescendo por causa da seca”, diz.

O conselheiro da Cooabriel afirma que os produtores estão descapitalizados e com estoques reduzidos. A expectativa é de que a quebra de safra se reverta em aumento das cotações do conilon.

Atualmente, a saca está sendo cotada na região de ação da cooperativa a R$ 360. “Diante dessa seca, para dar algum fôlego, o ideal seria ao menos R$ 400”, sustenta Machado.

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