Após chegar a R$ 5,50 no fim da semana, o dólar comercial opera em queda. Por volta das 13h02 desta quinta-feira, 14, a moeda norte-americana estava cotado a R$ 5,22 para venda, queda de 1,7% em relação ao fechamento anterior.
De acordo com a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, os investidores reagiram na semana passada ao risco global, após a invasão ao Capitólio, nos Estados Unidos. “O real amargou perdas maiores do que outras moedas porque temos os nossos problemas no cenário doméstico, na política e nas contas públicas”, afirma.
Agora, no entanto, houve uma redução nessa tensão, além de notícias de que o governo de Joe Biden deve oferecer estímulos fiscais, o que injetaria recursos na economia americana. “Isso acaba tendo fluxo de mercados emergentes. Vemos pela bolsa, que está mostrando ganhos, beneficiando-se do curso de investidores estrangeiros”, afirma.
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O que pode fazer o dólar subir?
O grande fator de risco, segundo Camila, é o cenário doméstico. Além das discussões sobre o cronograma de vacinação contra o novo coronavírus, há também as eleições para as presidências da Câmara e do Senado em fevereiro. “Há potencial para desvalorização do real no primeiro trimestre”, frisa.
O câmbio pode cair mais?
Segundo a economista, o mercado financeiro trabalha com dólar a R$ 5 no fim de 2021, podendo chegar a R$ 4,85/R$ 4,90 se o Brasil fizer a “lição de casa”, que seriam as reformas econômicas.