Um novo parecer da consultoria da Câmara dos Deputados está sendo usado pelo presidente da Casa, Arthur Lira, para defender a sanção do Orçamento deste ano, sem vetos às emendas.
A agência de notícias Broadcast teve acesso ao documento e apontou que o texto reconhece uma insuficiência de R$ 21,3 bilhões nas despesas obrigatórias, mas reafirma que o ajuste pode ser feito ao longo do ano e é de responsabilidade do Poder Executivo.
Para 2022, o governo deve propor uma meta fiscal que permite um rombo próximo de R$ 170 bilhões. O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias precisa ser enviado ao Congresso Nacional até esta quinta-feira,15.
A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) avalia que o acesso ao crédito rural vai ser reduzido em todos os programas do Plano Safra, mas que o maior impacto vai ser na agricultura familiar, além do aumento dos juros.
O coordenador do departamento técnico e econômico da Faep, Jefrey Albers, se mostra preocupado com a redução dos subsídios do orçamento. “Todos esses cortes impactam justamente no bolso do produtor rural. Aredução dos subsídios reflete pelo menos em aumento de custo de produção, além de cortes relacionado ao seguro que também resulta em um aumento com a redução no volume de contratações”, diz.
“Propusemos para a safra 2021/22 que houvessem R$ 15 milhões em recursos, a previsão era de R$ 10 milhões e agora com o corte, tivemos uma redução para R$ 7,5 milhões. É muito drástico, é a metade do que precisaríamos. Esse acesso ao crédito será reduzido e isso impacta no plano safra como um todo”, pontua Albers.
Ele ainda ressalta que a tendência é de alta nos juros. “Inevitavelmente com a redução do subsídio a tendência natural é de que os juros aumentem, até porque o mercado vai precisar buscar recursos no próprio mercado”, conclui.