A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul se reuniu com a Associação Gaúcha de Consórcios Públicos (Ageconp) e representantes de vinte Consórcios Públicos do RS para a criação de uma Comissão de trabalho para a aquisição de vacinas contra a Covid-19.
Segundo o presidente da Famurs, Maneco Hassen, a criação do grupo possibilita uma unidade de negociação dos consórcios para o estabelecimento de um modelo jurídico de negociação e aquisição das vacinas.
“As negociações já começaram pela necessidade que os municípios e estados estão encontrando diante da omissão do governo federal, com uma vacinação muito lenta. Essa falta de planejamento faz com que os estados e municípios se organizarem e, aqui no Rio Grande do Sul, estamos com esses consórcios públicos para adotarmos um mesmo modelo jurídico e financeiro para que possamos ter condições de dialogar com os laboratórios, em melhor condição de compra e pagamento, para que a vacina possa chegar mais rapidamente à população”, disse.
O secretário da Granpal, Eduardo Fagundes, antecipou que na semana que vem será organizada também uma videoconferência com representantes da Pfizer para estabelecer uma negociação com este grupo. A Granpal também tem mantido um diálogo com o laboratório União Química na busca de uma organização para a negociação.
Todos os Consórcios Públicos presentes no encontro do último sábado aderiram ao novo grupo de trabalho liderado pela Famurs. A prefeita de Santa Cruz do Sul e presidente do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), Helena Hermany destacou que a compra coletiva da vacina com os demais consórcios diminui o valor das unidades, fato que ocorreu em 2020 com os kits de teste rápido. “É um movimento de união importante. Também precisamos vacinar os professores com urgência para termos segurança na retomada das aulas”.
O representante da Associação Gaúcha de Consórcios Públicos (Ageconp), Cassio Nunes, destacou a importância da criação desta comissão. “É muito importante este movimento liderado pelo Presidente da Famurs, Maneco Hassen. Os consórcios já mostraram sua força e seu protagonismo na compra dos testes para a covid nos municípios”, revela Cassio Nunes.
As negociações avançaram a partir da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou estados e municípios a comprarem e distribuírem vacinas contra a Covid-19. Essa permissão valerá caso o governo federal não cumpra o Plano Nacional de Imunização, ou caso as doses previstas no documento sejam insuficientes.