Diversos

Frio aumenta e pode atingir áreas de milho 2ª safra no Paraná

O tempo mais frio na região Sul do país ainda pode provocar geadas em áreas de feijão e hortaliças nos Campos Gerais, segundo a meteorologia

O frio da próxima madrugada será mais intenso nas áreas elevadas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, mas não vai alcançar o oeste do Paraná e sul de Mato Grosso do Sul com a mesma força desta segunda. Fez frio na última madrugada com geadas fracas em algumas áreas de milho segunda safra. No estado do Paraná, a mínima alcançou 2,4°C em Toledo e 2,5°C em Cascavel. A temperatura baixou também em Iguatemi (MS), com 2,7°C. A tendência é de que o frio seja ainda pior daqui uma semana.

Nos Campos Gerais ainda é possível termos geada fraca em áreas de feijão e hortaliças nesta terça-feira, 25. “Ainda falando de frio, a próxima queda de temperatura será a mais intensa do ano até então. Há previsão de geadas na Argentina, Uruguai, sul do Paraguai, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul e oeste do Paraná. Cascavel poderá registrar 0,5°C na segunda-feira, 31, com maior potencial para danos em áreas de segunda safra de milho”, diz Celso Oliveira, meteorologista da Somar.

Apesar do frio mais intenso, a massa de ar polar não vai chegar ao norte do Paraná, São Paulo, região central de Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, áreas que estarão livres de geada por pelo menos 15 dias.

Após o frio, chuvas chegam ao milho

A chuva retorna a partir desta terça-feira, 25, sobre Mato Grosso do Sul, noroeste do Paraná e oeste de São Paulo e se espalha por boa parte do centro e sul do país até 02 de junho. Neste período, o acumulado mais elevado será visto entre o centro e leste de São Paulo e o sul de Minas Gerais com até 80 milímetros. Por outro lado, a chuva será bem mais fraca no oeste de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Rondônia a partir de agora.

Depois de 2 de junho, a chuva vai retornar à região Sul. Até há expectativa da precipitação avançar para o Paraná, oeste de São Paulo e sul de Mato Grosso do Sul entre 8 e 12 de junho, mas a tendência é de que a chuva fique mais confinada sobre a região Sul no decorrer do mês.

No fim de semana, a chuva retornou e foi muito intensa entre a divisa de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e de Goiás com 160 milímetros em Rio Verde de Mato Grosso (MS), 125 milímetros em Guiratinga(MT), 100 milímetros em Baliza (GO) e 95 milímetros em Mineiros (GO). Mas a precipitação chegou muito tarde para muitas áreas de milho segunda safra. As perdas estancam, mas o que foi perdido pela longa estiagem não será recuperado. As áreas de algodão do Centro-Oeste, por outro lado, devem ter aumento da produtividade com a precipitação do fim de semana.

A chuva no Rio Grande do Sul também foi razoável, aumentando a umidade do solo para posterior instalação das culturas de inverno. O município de Lajeado recebeu 90 milímetros, Teutônia e Soledade, 85 milímetros e Igrejinha com chuvas de 80 milímetros.

Nas áreas de cana-de-açúcar de São Paulo, choveu 35 milímetros em Águas de São Pedro-SP, 30 milímetros em São José do Rio Preto (SP), 25 milímetros em Marília (SP) e 20 milímetros em Limeira (SP). Já no município paulista de Ribeirão Preto, o acumulado não chegou aos 5 milímetros. “Mesmo com a precipitação, a umidade do solo pouco aumentou a não ser no sul de Mato Grosso. Ainda há muitas áreas com apenas 10%, 20% da capacidade total, indicando o estrago que estiagem provocou nos últimos meses”, explica Celso.