O frio ganha força entre segunda, 28 e terça-feira, 29, no centro-sul do Brasil com a chegada da massa de ar de origem polar mais intensa do ano, de acordo com os meteorologistas da Somar. As temperaturas despencam nos três estados do Sul, com risco de geada em grande parte do Rio Grande do Sul, e previsão de chuva congelada nos Campos de Cima da Serra gaúcha e catarinense. Chove intensamente sobre o leste de Santa Catarina, e pancadas de chuva fracas a moderadas são esperadas para a faixa central e leste do Paraná.
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Na terça-feira, há previsão de neve na Campanha gaúcha, e a geada atinge praticamente toda a região Sul do país. Há riscos para o trigo, o café do norte do Paraná e para o milho plantado de forma tardia. “Embora o trigo seja uma lavoura de inverno que tolera bastante frio, quando há chance de temperaturas de -3°C, mesmo na fase vegetativa, podemos registrar perda de produtividade lá na frente”, explica Celso oliveira da Somar.
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No Sudeste, uma extensa frente fria alcança o estado de São Paulo e aumenta de forma significativa a nebulosidade pelo estado, mas só é capaz de causar chuva no Vale do Ribeira, Litoral e Grande São Paulo. O céu fica nublado e chove a qualquer momento nestas áreas. A partir de quarta-feira, 30, as temperaturas despencam principalmente durante a madrugada e manhã. “Há risco de geadas em boa parte do centro, sul e oeste de São Paulo, mas por enquanto não atinge as áreas de café do sul de Minas Gerais”, diz Celso.
No Centro-Oeste, a semana também começa com temperaturas em declínio. Ainda há previsão de chuviscos no centro-oeste e sul de Mato Grosso do Sul, enquanto nas demais áreas a nebulosidade aumenta, mas não chove. O frio ganha intensidade sobre praticamente todo o Centro-Oeste nos últimos dias do mês, com risco de geada em áreas de pastagens, cana-de-açúcar e milho de Mato Grosso do Sul e chances de recordes de temperatura.
“Até mesmo o norte do Brasil vai ser afetado pelo fenômeno friagem, com temperaturas mínimas de apenas 15°C em Rondônia e no Acre. Atenção aos pecuaristas com o desconforto térmico dos animais, final a temperatura prevista está longe do risco de geada, mas traz desconforto térmico para os animais, acentuado pela grande amplitude térmica”, diz Celso.
