As exportações brasileiras de frutas cresceram 3,6% no acumulado de 2020 até outubro, quando comparadas aos embarques no mesmo período do ano passado. A análise é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que aponta que a União Europeia é o principal destino desses produtos, recebendo mais de 70% do volume vendido.
De acordo com a pesquisadora Fernanda Palmieri, tudo indica que o cenário de exportações aquecidas deve se manter nos próximos meses.
“Apesar de o maior volume de frutas não ser destinado às exportações, exceto no caso do melão, os embarques têm um papel importante para manter a oferta interna em um bom nível. Para muitas frutas, isso contribuiu, sim, para que os preços recebidos pelos produtores fossem melhores neste ano”, diz.
Fernanda conta que a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) tem sido fundamental ao buscar parcerias com países que não são destinos tradicionais. “É bastante importante a diversificação, principalmente em caso de restrição pela União Europeia ou algum outro país”, afirma.
Clima problemático
A pesquisadora afirma que o clima não está ajudando muitos os produtores em 2020. A região Nordeste registrou muita chuva, especialmente no primeiro semestre, o que provocou perdas e diminuição na qualidade das frutas. Além disso, produtores do Sul e Sudeste amargam com uma estiagem complicada.