O mercado internacional de café está acompanhando de perto o furacão Iota, que está na América Central, que representa 8% da produção mundial de arábica. Segundo a Archer Consulting, a dificuldade climática pode ser mais um fator favorável a um movimento de alta na Bolsa de Nova York.
Somam-se a isso as preocupações com a safra do Vietnã, Colômbia e Brasil. “Nos próximos dias, o mercado pode chegar a 135 centavos de dólar por libra-peso, base setembro de 2021”, projeta o analista de mercado Marcelo Fraga.
A queda do dólar frente ao real compensa parte dos ganhos em Nova York, mas, mesmo assim, a saca continua com negócios ao redor de R$ 650 na região da Alta Mogiana e São Paulo.
“Se o mercado continuar subindo, o produtor deve perder as contas. Se ele conseguir negócios acima de R$ 650/R$ 700, não deve perder a oportunidade de fazer a fixação, através de tradings ou cooperativas, para garantir os preços para o ano que vem”, diz. Até o momento, ele estima que entre 20% e 30% da próxima safra já foi comercializada.
Fraga afirma que se a quebra de safra no Brasil se confirmar em 10% a 15%, as cotações devem superar o patamar de R$ 650 facilmente.