O Serviço de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina confirmou nos últimos dias um grupo de gafanhotos na província de Misiones, a 5 quilômetros de Porto Xavier (RS). Porém, os insetos detectados neste episódio não são os gafanhotos sul-americanos, que provocaram medo e destruição neste ano.
Tratam-se da espécie conhecida como gafanhoto-soldado, gafanhoto-bandeira ou, na Argentina, tucuras. “Eles não fazem ataques como os outros. Este foi o primeiro a um cultivo. Foi de erva-mate, muito localizado e sem danos expressivos. Eles também não fazem grandes deslocamentos. Então o risco é menor”, afirma o fiscal agropecuário do Rio Grande do Sul Juliano Ritter.
Ele dá como exemplo a quarta-feira passada, quando o clima – calor e vento – eram ideais para deslocamento dos insetos, mas eles continuaram parados. “É uma situação bem tranquila”, reforça.
Mesmo que o grupo de gafanhotos entre no Brasil por conta da proximidade, o problema é bem menor do que se fosse a espécie sul-americana.
“Temos equipes se deslocando para a fronteira para conversar com produtores. Se o produtor verificar a presença ou a passagem de gafanhotos, deve informar a Secretaria de Agricultura, Emater ou órgãos de extensão. A informação vai chegar à Defesa Vegetal, que fará a identificação e, posteriormente, o controle”, diz Ritter.